Artigo - SOS econômico
- Fonte: O Popular
- 6 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de fev. de 2023

A possibilidade de redução de jornada, a suspensão do contrato de trabalho e a abertura de linhas de crédito aos empresários exclusivas para quitação de folha de pagamento dos trabalhadores, além do auxílio emergencial, foram as principais medidas do governo para minimizar os impactos da crise provocada pela pandemia em sua primeira fase. O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego, anunciado no início de abril, trouxe ações que acalmaram parcialmente o mercado e a população. Até agora, fontes estimam que cerca de 10 milhões de trabalhadores negociaram redução de salários ou suspensão de contratos.
Com o prosseguimento da pandemia e a falta de perspectivas de retomada a curto prazo da economia, as expectativas são de que a MP 936, que implementou o programa, seja prorrogada por mais 90 dias para a redução de salários e jornada e que para a suspensão do contrato de trabalho o prazo seja prorrogado por mais dois meses. A prorrogação do auxílio emergencial pelo mesmo período é ainda mais certa, mas com valor reduzido à metade.
Políticas e iniciativas para a redução de juros e a criação de linhas especiais de crédito também foram anunciadas para estancar a sangria no mercado - o resultado vai pouco além do paliativo.
Mesmo com a reabertura do comércio e outras atividades não essenciais em vários cidades do País, as perspectivas são modestas, até mesmo em razão da forte recessão anterior à pandemia. O setor de serviços, que concentra boa parte das pequenas empresas no País, viu o fechamento de milhares de lanchonetes, restaurantes, salões de beleza, lojas, entre outros pequenos negócios. Trata-se de empresários que, sem capital de giro para se manter, endividaram-se ou optaram por fechar as portas. Como resultado, a queda na arrecadação em nível federal, estadual e municipal em níveis preocupantes já está sendo sentida.
A retomada não será fácil nem rápida. Empreendedores de todos os portes terão de aprender a trabalhar sob novos paradigmas, com métodos de gestão bem mais profissionais e focados, com mais planejamento na condução do negócio. Para sobreviver no mercado, todos terão de ser mais flexíveis, com mais abertura e investimento em novidades, como o home office que, ao contrário do imaginado, tem alcançado boa produtividade em áreas diversas, além do delivery e o e-commerce.
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